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Dra. Tielle Machado

ALIMENTOS INFLUENCIAM NO TDAH: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE



"Revisão Sistemática e Metanálise confirma a relação da alimentação com os sintomas de TDA/H, em que alimentos não saudáveis podem piorar os sintomas, enquanto que uma alimentação saudável pode ajudar reduzir os sintomas significativamente."

Hoje, 13/Julho, é o dia mundial da conscientização do TDA/H, a prevalência gira em torno de 7,5% e mais de 50% das pessoas autistas também tem como comorbidade o TDAH.


Então, nada mais do que justo levarmos conscientização nutricional também para as famílias, já que nesse transtorno o abuso de medicamentos costuma ser igual ou pior do que no autismo.


Levando-se em consideração que o TDA/H é uma comorbidade frequente no autismo, não é raro vermos estimulantes e antipsicóticos sendo prescritos juntos (isso porque o mecanismo de ação é oposto, alou?)



Essa metanálise (na figura acima) confirma a relação da alimentação com os sintomas de TDA/H, em que alimentos ou substâncias não saudáveis podem piorar os sintomas, e o consumo de uma alimentação saudável pode ajudar reduzir os sintomas significativamente.


Aumento em 1,92 vezes o risco de TDA/H (com aumento do risco de ansiedade, depressão, dificuldade de aprendizado, pouca memória)


* Consumo de guloseimas ricas em açúcar

* Frituras

* Alto consumo de sal

* Grãos refinados

* Carnes Processadas

* Batata frita

* Derivados do leite com alto teor de gordura

* Gordura Hidrogenada (a mesma do sorvete)

* Refrigerantes


Aumento em 1,83 vezes o risco de TDA/H (consumo de “Junk Food”)


* Chocolate

* Biscoitos

* Barras de chocolate

* Bolos

* Pizza

* Refrigerante


Diminuição dos sintomas de TDA/H:


* Consumo de frutas

* Consumo de vegetais

* Consumo de peixe


A alimentação ocidental infelizmente é altamente industrializada e ultraprocessada, rica em sódio, açúcar, corantes, gordura saturada, e tem baixa concentração de nutrientes de verdade, como ácidos graxos poli-insaturados, magnésio e vitaminas essenciais ao neurodesenvolvimento.


O estudo ainda faz o alerta que esse tipo de “alimentação” pode afetar o a produção de proteínas como o BDNF (Brain-derived neurotrophic factor) essencial para o desenvolvimento do cérebro; alterar a integridade da barreira hematoencefálica diminuir as neurotrofinas e aumentar a neuroinflamação.


Sim, queremos que nossos filhos aprendam, que sejam independentes e tenham uma vida acadêmica proveitosa, mas antes de seguir com medicamentos que são FORTES DEMAIS procure observar se a alimentação está saudável. E SE ajudar?

Sds,

Dra Tielle Machado

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📚 REFERÊNCIAS:

Shareghfarid E et al., Empirically derived dietary patterns and food groups intake in relation with Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD): A systematic review and meta-analysis, Clinical Nutrition ESPEN, https://doi.org/10.1016/j.clnesp.2019.10.013


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